O projeto PICTNIK é o primeiro na lista de iniciativas que procuram dinamizar a galeria Jorge Shirley. Aqui, dez artistas juntam-se do dia 02 de Junho a 07 de Julho de 2011 no espaço da galeria. Ocupando os dois pisos ao montar os seus ateliers de cariz nomádico, com o propósito de projectar e materializar uma obra artística neste período de tempo.
Os dez elementos do projeto PICTNIK são:
ALEXANDRE RENDEIRO | ANDRÉ FRADIQUE | CARLOS GASPAR | EDU PIMENTA | FILIPA CORDEIRO | HELENA VIEIRA | INÊS VALLE | IVO MOREIRA | JOÃO GALRÃO | TIAGO BAPTISTA
Não existem traços mediáticos nem conceptuais no trabalho pessoal dos artistas que legitimem por si só o seu ajuntamento neste projecto. No entanto, a proximidade pessoal entre estes e a vontade de testar a sua cumplicidade quanto à metodologia de trabalho de cada um, faz com que este atelier comunitário seja um espaço propício à análise da contaminação entre diferentes artistas bem como, a forma como os seus egos rejeitam ou abraçam a influência dos outros.
O projecto possui um outro input contagioso, os eventos-satélite, que ao longo deste período irão trazer ao espaço uma multitude mediática que passa pela música, poesia e pela mostra cinemática.
TRABALHO FINAL DA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
O HOMEM (IN)VITRUVIANO, 2011
Díptico com moldura de madeira 50x70 cm cada
Díptico com moldura de madeira 50x70 cm cada
Tinta pigmentada sobre papel mate / Tinta esmalte sobre vidro
Platão define o homem composto de corpo e alma. O inteligível da alma e o sensível do corpo. Uma teoria que afirma que a alma é detentora da sabedoria e o corpo seu cárcere.
Falar sobre o corpo exige pensar sobre nossa própria existência, sobre a aparência, sobre a vida e sobre a morte. O corpo é frágil, sujeito aos males da condição humana e imposições da natureza. A alma é racional, irascível, concupiscente e muitas vezes incapaz de regrar os desejos mais libidinosos. É neste universo que baseia-se esta interpretação fotográfica do homem vitruviano, desenho que fez Leonardo da Vinci ao redor do ano de 1490 a descrever uma figura masculina desnuda acompanhada de notas sobre as proporções do corpo humano.
Nesta nova leitura, com uma estética baseada no construtivismo russo e aplicada na composição através da cor, das formas geométricas e da tipografia; o close-up da fotografia faz um recorte do corpo e as notas citam os resultados dos devaneios da alma aprisionados pelo corpo.
Divulgação
GALERIA DE ARTE CONTEMPORÂNEA JORGE SHIRLEY
Lg. Hintze Ribeiro (à Rua S. Bento), 2 E/F
1250-122 Lisboa, Portugal
1250-122 Lisboa, Portugal
jorgeshirley@mail.telepac.pt